2.7.13

Governo em ruptura evidente.

Após o pedido de demissão apresentado pelo ministro Vitor Gaspar, era de esperar que a ruptura entre os partidos da coligação que formam o actual governo acontecesse . Ainda pensei que o ministro Paulo Portas aguentasse engolir mais um sapo (e que enorme sapo!), cenário esse que não se veio a verificar.
Acredito estarmos perante o limite dos limites. Quer das medidas quer do governo.
É minha convicção que o problema para a regularização do déficit foi mal abordado desde o inicio. Eu votei para este governo, mas desde a primeira semana em funções que as medidas para as quais dei o meu voto foram distorcidas e as suas prioridades alteradas! Passámos a estar reféns do que são os entendimentos altamente teóricos da Troika e do FMI acerca da nossa economia e funcionamento social.
Há 2 anos estivemos perante a melhor posição para tomar as atitudes corretas ainda que difíceis, mas a falta de coragem imperou.
Agora só nos resta negociar um resgate ... que a meu entender terá de incluir perdão parcial da dívida. Caso contrário nuca sairemos desta espiral recessiva em que vivemos nem seremos capazes de pagar juros credores. É importante desbloquear mecanismos para que as empresas, pequenas e médias, possam enfrentar estas dificuldades.
Seguir-se-ão eleições antecipadas, sem que se vislumbre um rumo a seguir, ou em quem votar? Será que é desta que os portugueses acorrem às urnas para um voto em branco massivo?
Fica o desabafo de uma leiga ... que vive as dificuldades da sua empresa e dos seus colaboradores e para as quais não encontra qualquer alternativa.