24.2.10

20 anos e mais 5 (pelo menos) se fazem favor.

A minha rotina matinal ao chegar ao escritório começa com a leitura em diagonal dos emails, sendo que trato logo dos mais prementes e depois uma vista por alto dos jornais de que gosto.

Restaurar as finanças públicas pode levar 20 anos (in publico online), é notícia de abertura da página inicial do jornal. Depois de atentamente ler o artigo, que me deixa deveras preocupada, faço a seguinte reflexão:

Desde que dei entrada no mercado de trabalho, que não reconheço outro que não seja o cenário de crise.

Dir-me-ão, e com razão, que esta se agudizou nos últimos 2 anos, que foi uma crise que afectou globalmente todas as nações e países ... mas se pensarmos melhor, os Portugueses estão em crise desde que deixámos as ex-colónias (angola, moçambique, cabo verde ...) e nem com tantas décadas de crises fomos capaz de aprender a corrigir comportamentos inadequados de gastos e custos desmesurados.
Agora, que quem nos emprestava dinheiro (U.E.) não tem para emprestar, e mesmo que o fizesse, com o nível de endividamento que temos, não haveria meio de o pagar. Por isso, como fazer para aumentar receitas? Está visto que reduzir custos, como nas reformas milionárias ou em obras megalómanas está fora de causa, mas e se ... vá, e se de uma forma engenhosa impedirmos as pessoas de chegar a essa altura (a de se reformar)?
Por esta altura acharão todos que estou a ficar gágá ... em boa verdade acho que estou mas em virtude de mais uma excelente notícia publicada:

Depois de 20 anos de sacrifícios há que trabalhar mais 5, mas não sei porquê acho que as boas notícias não vão ficar por aqui ... dentro de 5-10 anos, vai-se verificar, que apesar de todas as medidas para aumentar receitas (seja pelo aumento de impostos, congelamento de salários) a dívida pública ainda continua astronómica, e aumentar-se-à novamente a idade da reforma ... ora daqui a 20 anos e mais uns quantos, as pessoas morrem e o dinheiro da reforma lá vai ficando ... tapando os buracos.
Para fechar o ramalhete, fica ainda a intenção sentida do governo não aumentar impostos até 2013 (in público online). Mas querem apostar que de intenção está o inferno (o de todos nós) cheio?

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