Casar e Casamentos

Diria que estão mais ou menos obsoletos. Já tive oportunidade de dissertar sobre um artigo de jornal onde se falava de 3 tipos de casamentos, por isso este post nada tem a ver com isso ... mas com um casamento em que participei.
Se ainda existem pessoas que se dão ao trabalho de casar, seja para fazerem a vontade aos pais, seja por pressões sociais, seja por gostarem da festa ou por serem católicos e acreditarem mesmo nesse sacramento ... mais vale que o façam com princípio meio e fim.
Se o "Homem não pode separar o que Deus juntou" ... então há que fazer deste dia um Mega evento, não?
Os problemas começam logo cedo quando ao entrar na Igreja não se vislumbra a menor decoração ... se não fossem todos os convidados vestidos a rigor, eu diria que estaríamos a celebrar a corrente Eucaristia. Depois o Sr. Padre que incredulamente manda calar os convivas que aguardam entusiasmados a chegada da noiva à Igreja. Estranho ... e algo rude ... basta por a tocar a música escolhida que prontamente todos nos calaremos.
Saímos em direcção ao copo de água que se acontece num jardim de um hotel onde se vislumbram hóspedes na piscina em bikinis e calções de banho. Nem sei se me sinto mais constrangida ou se são eles os que se sentem deslocados.
A comida não é boa, é lentamente servida, os noivos não abrem a pista de dança, a música mal escolhida e as passagens do Dj são penosas, não há música ao vivo, nem filme de fotografias cronologicamente dispostas que nos levassem a um resumo das vidas dos agora casados.
Antes de se abrir o bolo já se distribuem as lembranças do casamento ... e houve quem antes de ter as lembranças já se tivesse "pirado".
Do início ao fim, há erros protocolares.
Não sou fundamentalista ... mas então se é um dia único ... porque não vivê-lo e partilhado com cuidado e preceito?
Que pena.